28 de nov. de 2014

“Novos rumos: só com enxoval completo”: o casamento que nos divide.

O PDI que não nos desenvolve e jamais nos representa.


Novos rumos, velhos destinos, arcaicos métodos. Você participou ou conhece alguém que tenha participado de algum grupo de discussão para se elaborar os planos de desenvolvimento institucional? Você já ouviu falar ou presenciou alguma reunião aberta, comunitária para se decidir sobre alguma expansão institucional? Você se lembra de ver algum edital, alguma convite ou convocatória para a discussão pública e comunitária dos passos institucionais rumo a algum futuro?

Nós (também) não. Nunca. Nada. E excluímos a proposição de que apenas o “consulta interna”, por email, seja suficiente para um ambiente democrático, pedagógico, científico e público: de verdade. E se não há nada disso, se não existem reuniões públicas, debates abertos, jogo franco e limpo no campo das idéias sociais pelos indivíduos que formam a instituição, então não existe um desenvolvimento institucional pautado nos valores que a lei preconiza para a instituição, não temos ética, eficiência, transparência. Mais do que isso, não cultivamos os verdadeiros valores pedagógicos que são a prática, a oportunidade e a socialização. E se não existe o conjunto dos indivíduos envolvidos, preocupados, cientes e pacientes sobre as decisões que determinarão o rumo de seus trabalhos e de toda a instituição, então a transformação que se busca, por se tratar de uma escola, é uma regressão que se determina: não há futuro, impera uma nostalgia.

Vide nossa expansão institucional. Em poucos anos estamos com mais de vinte unidades espalhadas pelo Estado. Se nossos objetivos são proporcionar uma educação integral, a verticalização do ensino, a indissociabilidade do ensino, da extensão e da pesquisa e desenvolver as atividades relacionadas, em um mínimo, com as potencialidades dos locais, então tal expansão deveria ocorrer com referências para que os objetivos fossem possíveis. E o que se faz? Toma-se o PRONATEC (repudiado nacionalmente pelo CONIF e pelo SINASEFE – organismos coletivos onde os temas são deveras debatidos), faz-se qualquer acordo político com prefeituras e planta-se uma bandeira. A partir disso, e somente depois disso, “pensa-se” o que se fará por lá, com a bandeira. Isso, ao que parece, é o de menos; o que importa é marcar a territorialidade.

E vocês, como estão em seus campi em relação às necessidades de pessoal? Como estão os desenvolvimentos de seus projetos de ensino, extensão e pesquisa? Laboratórios? Materiais? Palmas poderia ser um exemplo mais que emblemático, paradigmático. Enquanto faltam professores por lá, existem professores dispostos em lugares onde o que existe é, solitariamente, a bandeira do IFPR: são os mastros a sustentar, não a instituição, mas algum acordo político. Mais paradigmático, ainda, é ler, sem qualquer análise, nos Planejamentos Estratégicos dos campi expostos no autoral PDI-2014-2018, e ainda, final de 2014, inexistente oficialmente.

Uma lida rápida e você verá que falta o básico, em se tratando de planejamento, o que torna o PDI uma grande alegoria de indivíduos dissociados de uma realidade tangível, possível. Em outras palavras, o PDI e, essencialmente, seus Planejamentos Estratégicos, de cada campi, são nada mais que sonhos, aspirações, literalmente: desejos de consumo. Isso significa, a grosso modo, o sonambulismo institucional proporcionado a partir de uma reitoria autoritária, concentradora e ineficiente. O que falta de básico? O óbvio, o cristalino: o recurso financeiro necessário, ainda que por estimativa, para a consecução daqueles objetivos. E, sobre isso, o “volume” de recursos humanos que o Governo Federal deverá nos conceder a partir destes sonhos todos. Sem isso, sem a “fonte” e sem as mãos, como se darão as ações? E apenas com este vistaço, salta aos olhos a quantidade enorme de recursos que, tão somente um IF, "necessita" para realizar seu sonho. E se o PRONATEC é o foco da Dilma, enquanto política de Estado a se perder de vista... haja prefeituras!

A coisa é tão estapafalhada que é notória a composição do documento como um arrazoado de individualidades sem qualquer noção de conjunto; ou seja, o que se tem não é um IFPR, mas tantos quanto são seus campi. Indivíduos que navegam a esmo, presos a uma ansiedade de unidade. Imagem que nos permite relacionar, o nosso espetáculo institucional, a um teatro de marionetes: existem mãos que sustentam os personagens, e exercem também o desejo de suas vozes. Quer ver? Tomemos o “Diagnóstico Institucional – SWOT”, proposto no PDI.

São considerados pontos fortes do IFPR, por aqueles que gerenciam as coisas: a) gestão participativa e compartilhada e b) normativas amplamente discutidas. Retomemos as perguntas do início do texto. Ou melhor, vejam que, como puro cinismo, tais colocações “fortes” são dadas em um documento no qual não houve, nunca, um chamado público para que fosse discutido publicamente. Aliás, sequer houve um cronograma público para a elaboração do mesmo e (talvez se não fosse a Sinapse e as suspeitas fortíssimas de crimes...), paranóia, o documento sequer existe oficialmente, sendo ele mesmo algo que deveria referenciar as ações institucionais a partir deste ano, que já acabou. Ou seja, nascerá póstumo! E vocês tem dúvidas quanto aos demais documentos institucionais, com “ampla discussão” pela comunidade?  Nem gestão participativa e compartilhada, jamais discussão ampla. Uma falácia cínica.

E isso fica translúcido com os pontos fracos, relacionados logo na sequência: a) pouca experiência em gestão pública; b) falta de conhecimento das políticas do IFPR; c) falta de conhecimento sobre planejamento e distribuição orçamentária; e d) necessidade da definição de diretrizes e metas do IFPR. (Estes são alguns, mas vale a pena ler todos os pontos francos relacionados, que é, singularmente falando, tudo! Leiam.) Ora, se há “pouca experiência em gestão”, porque o autoritarismo? Se há “falta de conhecimento”, porque não se difunde, não se compartilha, não se abrem as discussões para que as pessoas fundem um conheciemnto a partir dos reconhecimentos existentes? Por fim, se não há definição de diretrizes e metas, não há gestão e tudo se explica: é, novamente, um teatro de marionetes. Controle sobre os gestos e vozes, em nome do poder (o enredo encenado).

Essa é a perspectiva consolidada no “ameaças ao IFPR”, na mesma sequência deste diagnóstico institucional. Acompanhem e esbocem um raciocínio a respeito destas ameaças: a) Determinação externa de implantação e ampliação de programas e unidades sem planejamento prévio; b) Indefinições das responsabilidades que norteiam as relações estratégicas interinstitucionais; e c) Entraves políticos nas parcerias municipais. Vejam que com os “pontos fortes” se demonstrou o autoritarismo e com os “pontos fracos” se demonstrou que não há gestão. Agora, com as “ameaças” se chega ao óbvio: não há rumo, não existe a responsabilidade e dependemos piamente dos acordos políticos municipais. Como construir uma identidade institucional?

Não se trata de má intenção, é uma visão possível e efetiva de nossa realidade, transcrita pelos próprios apologistas. É tão real que não escapa sequer de uma ocultação, tentada, mas não cumprida, em um dos principais documentos institucionais do IFPR: o Plano de Desenvolvimento Institucional. É aqui, contrariamente a seus objetivos legais, onde se narra o roteiro deste conto de fadas trágico, representados por marionetes, sobre uma mão pesada que dizia: “novos campi, apenas com enxoval completo; comigo, novos rumos”, como a dizer, “aqui não haverá politicagem, a instituição é pública e coletiva, nós temos objetivos e responsabilidades, temos princípios e nosso caminho é aquele em que o coletivo decide se direcionar”. Como se vê, a realidade e a ficção combinam-se sempre. Hoje é a ficção e a ilusão que nos impera.

Devemos romper com isto. O PDI é uma farsa e uma ofensa, não é nosso, não tem fundamento, não tem objetividade social, não nos identifica. Tal PDI é a imagem de uma instituição que não queremos, sem um futuro que nos represente, sem um presente que nos legitime perante a sociedade que servimos.


Por fim, um resumo: o PDI, com PPI incluso, é inconseqüente; assemelha-se a um glossário, muito mal escrito, e nada mais que isso; não desenvolve qualquer direcionamento efetivo e realístico; inútil sua verossimilhança com a sociedade que institui o IFPR; não tem qualquer outra serventia que 1°) fazer uma propaganda política sobre a expansão sem “enxoval” (as figuras com imagens de satélites onde constam, em coloridos quadradinhos, os futuros campi são a excelência deste objetivo -- uma caricatura fielmente grotesca do que é nossa "realidade": imaginação a partir de fotos do google com tratamento 'Paintbrush') e 2°) mostrar a incapacidade da ge-i-stão de se dividir (multiplicando) poderes, responsabilidades e ações. E por “saberem” tudo, tem-se o que se tem: confusão e confusões, ilusão e desilusões. Lema da excelência desta gestão e nossa atual condição, enquanto uma instituição unívoca: “novos rumos, velhos destinos, arcaicos métodos”. A promessa do enxoval completo em um casamento que surgiu para a divisão.

23 de out. de 2014

Um vão na instituição, ou uma instituição vã?

      PPI DO IFPR, nossas considerações públicas.


      Introdução (em construção):

Um resumo é impossível.
Ler, e entender, já é complicado, extrair sentidos e compreender desejos é praticamente indigno.
O PPI do IFPR saiu, dentro do PDI, e está por ser confirmado. Veio daquele além-da-realidade e, por meio do “Consulta Interna”, busca se fazer democrático, portanto, mundano e realístico. Do Limbo à Terra, faça-se a luz!
Nós preferimos dar nossa contribuição publicamente. Realizamos a árdua tarefa de ler ao documento, mantendo-nos exclusivamente no PPI, por uma razão sensível: quanto trabalho, quanto tempo e vida dos servidores e da comunidade (sem mencionar aqui nada sobre a qualidade) teria a instituição “economizado” se houvessem, aqueles do além da realidade, proposto o que no próprio documento escrevem como princípio: “garantir a participação de todos”, em seu “comprometimento democrático na construção e manutenção do PPI e PDI”? Porque, oh, Deus?!
Preferimos, portanto, fazer nossa contribuição pública, publicamente. Em anexo encontra-se a primeira parte de nossa crítica. Desejaríamos, por certo, que fosse algo mais propositivo, com menos gracejos e ironias, mas considerando que as próprias ações “verticais” da Reitoria são uma blague ao nosso cotidiano laboral, e a nossa consolidação institucional, não pudemos evitar o que ali está exposto. Como eles, que fique claro, nos deixaremos livres para realizar novas edições conforme nossos desejos. Serão aceitas críticas sobre nossas críticas, comentários, correções, e tudo o que as letras e as idéias permitirem.
Por enquanto, o cansaço se nos abateu. Mas em breve seguiremos. Por se tratar de um documento longo e em razão de o tempo ser curto, publicizamos deste já. Saibam, que fique claro, que a própria crítica, esta, estará sendo refeita e redisposta. Nossa idéia não é concluí-la, nem jamais tivemos qualquer intenção do tipo. Nosso objetivo é apenas um: a partir da demonstração da aberração que é um documento institucional de tamanha importância ser formulado às escuras da comunidade como um todo (quem fez? Quem participou? Como foi discutido? Em quais tempos? Sob quais publicidades? Muita coisa o próprio documento aponta), propomos que o mesmo, inútil, seja revogado e que, a partir de então, seja composta uma Comissão própria para a discussão (irrestrita) e a elaboração (conjunta) de um PPI e PDI que reflitam (os recursos humanos e capacidades humanas e) os desígnios da comunidade institucional que hora o IFPR habita. Não há outra maneira possível e factual para se criar, como o próprio inútil PPI que aí está o demonstra, uma identidade institucional. Ou seja, ou as pessoas, servidoras e servidas, fazem parte na coletivização de um Projeto Político Pedagógico e de Plano de Desenvolvimento Institucional, ou a instituição jamais conseguirá criar sequer uma aparência enganadoramente democrática e identificável com o todo. Será nada mais que isso: uma visão deturpada e autoritária de uma institucionalidade.

Desculpem a virulência. Os erros serão corrigidos, a ideia permanecerá.

Segue o documento:


Aqui o PPI deixado para "Consulta Interna" (ou Pública).


17 de out. de 2014

Sobre as políticas de Gestão de Pessoas do IFPR

Saudades de uma SINAPSE... 
As políticas de Gestão de Pessoas são bem esclarecidas através de dois documentos, e apenas dois documentos são suficientes. Tratam-se de Portarias assinadas por aquele que se auto intitula Substituto, sendo, juridicamente, nada mais que um pró-tempore. O que nos inquieta, sinapticamente falando, é se o mesmo é futuro candidato a Reitor. Seja como for, aqui estão exemplos de sua belíssima transparência: sobre gestão de pessoas já podemos ter uma boa ideia do que, sendo agora, será num eventual Reitor "titular". 
 Dispomos aqui de ambas as Portarias, em um único arquivo. A primeira é uma licença para capacitação segundo o princípio do quinquênio de efetivo serviço; a segunda, uma alteração de lotação através de um Termo de Cooperação Técnica. Nada de mais. Nem de menos. Por isso é tudo de estranho. O primeiro é uma licença remunerada para se fazer um curso de inglês na localidade onde vive (podem ser diferentes bairros, mas trata-se de Curitiba). Três meses para um curso que deve ser super-hiper intensivo, pois, pressupôem-se, exige-se dedicação exclusiva do aluno. 
(Parênteses: o site desta referida escola assim propaga: "Falta de tempo não pode ser uma barreira para quem precisa aprender inglês. Na Wise Up você tem horários flexíveis para encaixar um futuro melhor na sua agenda. Tempo não é desculpa. Na Wise Up, o tempo é você quem faz." Fecha parênteses.) 
Bacana é que a Portaria é do dia seguinte à concessão da licença: ou seja, ... sei lá, né? Mas vinte dias depois (mais ou menos), ainda que de licença, é transferida para uma cooperação técnica (também para uma data retroativa!!). Nada de mais, nem de menos. É normal e legal. 
Bem bacana mesmo! 
Basta cumprir os requisitos: 1) A concessão da licença fica condicionada à relevância do curso para a instituição; 2) O pedido do servidor deve ser protocolizado com antecedência mínima de 60 dias do início da capacitação; 3) O servidor somente poderá se ausentar de suas atividades após a emissão da Portaria de autorização; 4) Participação em curso correlato à área de atuação do servidor. 
Seguem as referências:

26 de set. de 2014

O Sindiedutec e sua autocracia minimalista.

Vale a pena ler as mensagens e ver as imagens, AQUI.


É tão baixo o nível, é tão incrível o minimalismo(*) que chega a ser uma charge grotesca dizer-se um "sindicato". De fato, não representam de forma sistemática, mas apenas de modo burocrático, se é que se pode dizer que representam em sentido lato. E se gozam de alguma façanha, em "uma história cheia de lutas e melhorias", talvez não seja por outro mérito que não sua relação de conveniência entre o patrão que (literalmente) representa, e que o recebe em primeira mão, e a classe trabalhadora de que (diz) representa(r). 

Neste sentido, tanto lá, em nível nacional, em se tratando de PROIFES, como cá, em nível paranaense, para focarmos este Sindiedutec, o sindicato só pode ser uma "revolução" porque originado pelo patrão, senão diretamente, pelo menos de modo muito influente. E assim tem caminhado a história, deles, o patrão, e a "nossa", o servidor: em uma comunhão que revoluciona os andamentos sindicais, porque feita de cima, assim como a mão que exprime a laranja para, deixando o bagaço, curtir o doce sumo. 

A coisa é tão promíscua e irresolutamente autocrática, dentro destes sindicatos, que não são os servidores, os trabalhadores, os sindicalizados os que comemoram, mas tão somente, e em números exatos, 26 (vinte e seis) grandes personalidades, as mesmas que, provavelmente, estarão em algum panteão proifeano, tão logo o partidão perca sua hegemonia sobre os trabalhadores (e o tempo urge, petistas!). Isso fazem questão de mostrar: lá estão os 26 iluminados, 
"Entre os dias 11 e 13 deste mês, membros do Conselho Deliberativo (CD) e lideranças dos sindicados federados reuniram-se para celebrar o aniversário da entidade, em Itatiaia, no Rio de Janeiro." 
Três dias de celebrações! Quanto regozijo!! Quantos prazeres!!! Pois não seria para menos, celebrava-se a "revolução":
“Nós não aceitávamos aquele modelo que nos era imposto e tivemos a ousadia de dizer que outro modelo era possível e, a partir daí, nós construímos o PROIFES. Eu acho que nós estávamos certos em 2004, se nós não estivéssemos certos com certeza o PROIFES não estaria aqui dez anos depois, muito mais forte e muito mais capaz de levantar sua voz em defesa de todos os trabalhadores do mundo”
Ou seria tão somente uma inversão de papelões: "levantar sua voz em defesa de todos os trabalhadores do mundo"?! Ousado esse lulismo exacerbado, não? Um sindicato (federação) criado no seio de um partido que, se tomou existência e pode protagonizar-se politicamente, foi porque sua constituição se deu pelos sindicatos de um "modelo" que não vai lhes convinha, agora que exerciam o poder. A "ousadia" do PROIFES em se "criar" um outro modelo sindical dá e dará muita história (sociologia, psicanálise, etc.) para a manga, para o braço e para a mão do que foi, do que é e para onde vai o partido dos trabalhadores. Para eles, Marx diria, hoje: "Trabalhadores do mundo, ouvi-nos". (E calem-se!; deixem conosco.)

Alhos, bugalhos, brandos e brandandos. Os iluminados aproveitaram o tempo, TRÊS DIAS!!, e 
"Na ocasião, a entidade promoveu palestras sobre os temas mais relevantes para o futuro da categoria, aprofundando o conhecimento e preparando novas lideranças. Foram discutidos pelo CD os seguintes assuntos: Aposentadoria e Funpresp; Carreiras e salários; CONAE, FNE e Plenária da Educação; e Expansão do PROIFES."
Como se vê, o mundo para o PROIFES trata, apenas, de seu umbigo e sua burocracia, que, aliás, é a burocracia do governo-patrão que os criou. Nada de condições de trabalho, nada da precarização e de precariedades institucionais, nada de discutir o investimento público na educação privada, nada que alterasse a cor cor-de-rosa de um mundo que celebra seus anos de um relacionamento umbilical. Os temas todos, claros, expostos, dados à luz do dia e aos tempos vindouros são unânimes: a pauta é a que ao governo interessa, e não à classe trabalhadora.



Uma pergunta curiosa: porque o PROIFES nunca foi chamado para atuar em defesa da comunidade do IFPR junto à Presidência e a Casa Civil da Presidência da República? Neste caso, em específico, vivíamos uma intervenção providencial e, ainda que se usassem lindas palavras comunitárias, foram algumas poucas almas diligentes da direção do sindicato que, usurpando um debate institucional interno, recorreu (correndo) à Casa Civil. Para que, então, uma Federação, se a luta "mundial" podemos fazê-la por nossa própria conta?



Muito significativa é a "notícia": Servidor(a) do IFPR: sua decisão pode mudar o IFPR.
"A relação de poder entre a gestão e os trabalhadores no IFPR é desigual: assédio moral, perseguição ideológica, ocultação de informações, falta de publicidade e diversas outras formas de inibir o servidor de expor, com liberdade e isenção, suas ideias e vontades."
Isso, diga-se por primeiro, é apenas aqui, um problema restrito, particular, nosso. Sendo, assim, desnecessário aos príncipes da federação inserirem como pauta para a defesa mundial dos trabalhadores. E é tão bem clarificado que, logo em seguida, dispõem-se diretamente uma ameaça:
"Isto porque servidor informado e politizado não tem espaço nesta gestão: ou se cala, ou sofre retaliações!"
Não venham dizer que não foram avisados: é assim mesmo e o sindicato o aprova com provas. No caso do Reenquadramento dos TAEs, por exemplo, foi providencial sua ação inibidora de mobilização: desde os primórdios dos "avisos" da CGU, o Sindiedutec estava a par e era parte nas tentativas de, em se reenquadrando, poupar-se a gestão reitoresca do ônus político. Infelizmente houve manifestações contrárias e as notícias foram saindo do controle da gestão e do sindicato, sobretudo quando, após uma providencial ação Policial, houve um reitor pro-tempore por aqui.

Servidor informado e politizado? Para onde saci? Nem gestão, jamais o sindicato propuseram discussões, fóruns, mesas-redondas, quadradas ou triangulares para os servidores se informarem, se politizarem a respeito, por exemplo, do destino da instituição (PDI), dos fundamentos institucionais (Estatuto, Regimentos), etc. O que se vê, de um e outro lado, é a fumaça de um cachimbo, de uma paz selada e desvelada entre os caciques de um e outro lado. Deste modo, ninguém de fora da roda esfumaçada, nenhum outro servidor alheio jamais deve se fazer ou se crer politizado ou informado: seria um risco muito grande para ambas as situações, para os lados dispostos (nunca opostos) e, falaciosamente, em atrito.

Sobre o debate das eleições para reitor, já mencionado o germe, acima, o Sindicato roga-se um privilégio que deve ser, no mínimo, contestado: participar, através de seu presidente, presume-se, em reunião de CONSUP. Oras, nunca realizou um debate comunitário a respeito destas eleições como necessidade para definir o desejo de um Vice-reitor, por exemplo. E ficou assim: nós que "representamos a comunidade" decidimos querer um vice-reitor, e nos utilizaremos de um erro do Juíz para legitimar nosso desejo. E foi assim que se fez: haja vice-reitor! Fez o cargo. Do nada, ou melhor, dos absolutismos do CONSUP e do coral do sindicato, que passou a cantar em uníssono.

Resume-se, o Sindiedutec não busca apenas representá-lo, mas mais do que isso... filie-se e estarás alinhado: seu silêncio será garantido, todas as discussões serão veladas. Nunca espere, deste sindicato como está, receber a possibilidade de ser "informado e politizado". 
Tente o contrário, e faça sem que o sindicato seja seu "orientador"; faça uma busca pelas informações e um relacionamento de politização. Se te informares em demasia, se te politizares além do que enxerga a vista destes gurus, serás calado e sofrerás retaliações. Estais avisado! Quem o diz, amigo é, e quem o escreveu foi o próprio sindicato.






Em edição... 







25 de set. de 2014

A marca da eficiência administrativa


1) 23 de setembro de 2014:

Participe da Consulta Pública para avaliação do PDI 2014-2018 do IFPR

O PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional – é um conjunto de documentos de planejamento que guardam diretrizes, premissas e objetivos de longo prazo, juntamente com as medidas reais para sua realização. Nele, a instituição diz para si e para a comunidade externa o que espera do futuro.

Observação: "a instituição diz", mas o documento já está servido; aos mortais cabe apenas sugerir. E isso é bastante significativo, ainda mais porque a sugestão é nada mais que isso, um sopro que pode ou não molhar. Já o "futuro" é parte deste estranho caminho institucional, onde a gestão atualiza, atualiza, atualiza e atualiza, sempre buscando chegar ao momento presente, onde os seres, indivíduos, servidores e servidos, con-vivem. É a gestão, assim, extemporânea, enquanto nós presenciamos a realidade acadêmica-institucional?



2) 25 de setembro de 2014:
Eis o futuro.... peraí! Mas este trabalho já foi feito, relatado, documentado e entregue para esta mesma Gestão na Reitoria!!!

Aqui estão os documentos: Minuta da Portaria e Relatório Final do GT.

Bom, talvez a intenção não seja aplicar as 30 horas dos TAEs, um direito certo. Talvez a intenção seja tão somente divulgar a campanha eleitoral: "haja vista o expressivo aumento de servidores desde o ano da sua aplicação [do questionário]".

Seja como for, fica a questão: quantas Comissões são necessárias para se aplicar uma política institucional?

Felizmente, nunca é tarde para começar. Ainda mais quando existe a previsão, antes de tudo isso aí que se vê hoje no site da instituição, de eleições para reitor... o momento em que a Democracia se faz mais "necessária" e visível... para os politiqueiros. 
Quem perde, sempre, são os alunos, convidados em fins de 2014 a contribuir (sempre desta maneira ensaboada que é a consulta interna), e contribuir com urgência (são poucos dias de consulta interna!!), na elaboração das decisões institucionais para o próprio ano de 2014!!! Meu deus, já estamos planejando o futuro para trás novamente!!! Tá explicado:
     A organização e gestão do IFPR, dada a sua finalidade e a sua natureza democrática, 
     constitui-se em tarefa extremamente complexa, em decorrência das contradições que
     envolvem seus múltiplos papéis. (PDI 2014-2018 - p.37)

Complexificar a democracia e contradizê-la em múltiplos papéis (sic!).
Isso é sugestivamente sinistro: quais são as contradições que a gestão do IFPR apresenta em múltiplos papéis? Aceita-se sugestões. Preencha o formulário. HAHAHAHAHA. 

Dou uma sugestão: já que se omite a efetiva construção comunitária dos documentos institucionais, e da instituição como um todo, que, pelo menos, os documentos colocados em "Consulta Interna" venham assinados por aquele(s) que o fez (fizeram). Deste modo, o ser que quiser contribuir terá uma objetividade mais clara e fundamentada, pois saberá a quem se direcionar.


E vem aí:

a maior seleção de servidores da história



Em edição...


3 de set. de 2014

Os caras de pau

Consup deflagra consulta à comunidade escolar para escolha de Reitor, Vice-Reitor e Diretores-Gerais em 13 de novembro

Wednesday, 3 de September de 2014 - 1:21 PM
No dia 02 de setembro, o Conselho Superior do Instituto Federal do Paraná (Consup/IFPR) se reuniu, sob a presidência do Reitor Substituto, Professor Ezequiel Westphal, a fim de discutir e votar em caráter de urgência a proposta de resolução para deflagração do processo eleitoral visando à escolha de “Reitor, Vice-Reitor e Diretores dos campi no IF/PR”, conforme determinação judicial de ação ajuizada pelo Sindiedutec. Ficou aprovado que a consulta se fará em 13 de novembro de 2014. 
Na oportunidade, o conselheiro Adriano Willian da Silva, representante dos docentes, sugeriu modificações na proposta de resolução apresentada pelo conselheiro João Cláudio Madureira, dentre as quais, que a eleição seja realizada por chapa, composta por “Reitor, Vice-Reitor e Diretores dos campi no IF/PR”.
Os membros do Consup (confira como é composto esse Conselho) debateram com propriedade a matéria manifestando conhecimento sobre ela. Após longa discussão, a proposta apresentada e defendida por Silva foi aprovada na sessão plenária com 18 votos favoráveis, 2 votos contrários e 1 abstenção. Nesta proposta, ficou definido que para o cargo de Reitor o postulante deve atender ao que preconiza a Lei 11.892/2008, uma vez que a nomeação é realizada pela Presidência da República. Já para o cargo de Vice-Reitor e Diretor-Geral de câmpus, todo servidor do IFPR, do quadro ativo permanente, com ensino superior e em exercício, poderá se candidatar ao cargo, compondo uma chapa. “Agora é o momento de debater propostas, programas e ideias, para que a chapa a ser eleita possa ter unidade de ação na gestão e o IFPR possa ter tranquilidade para se desenvolver e atingir suas metas”, afirmou Silva.
Assim, o Consup, enquanto “órgão máximo normativo, deliberativo, nas dimensões de planejamento, acadêmica, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar do IFPR”, atendeu à ordem judicial garantindo à comunidade do IFPR a oportunidade de escolher um Programa de Gestão, que, por meio de consulta por chapa e com debate de propostas, garantirá, democraticamente, a normalidade e tranquilidade no Instituto nos próximos 4 anos.
O IFPR e toda sua comunidade escolar e acadêmica ganham em sua construção identitária para o desenvolvimento das políticas de Educação Profissional Tecnológica.

 

 Grifos nossos:
O debate ocorreu com tanta propriedade que alteraram o Estatuto e a estrutura organizacional da instituição a partir de uma resolução para deflagração de eleições. Assim ocupará um cargo, quando alguém eleito: o Vice-reitor ficará ali, no limbo, posto que votado (como sombra), escolhido (como sombra), e em exercício: como fantasma. Até que o CONSUP, eles por eles mesmos, promovam as alterações necessárias (que eles chamam, com sinceridade, de "atualizações") no Estatuto e demais documentos legais, para que, então, o fantasma eleito tome vulto e assento legal.

Manifestaram tanto conhecimento sobre a matéria que a "construção identitária" para o desenvolvimento das políticas de educação fica sempre mais clara e coesa, nesta instituição. Bem coesa, quase espremida. Que o diga a "mão de Saramago".

22 de ago. de 2014

Reitoria lança pregão eletrônico para "atualizar" documentos institucionais.


Informações sobre o pregão eletrônico, clique aqui.




Presidente, meu presidente:

Vamos botar este sindicato para fazer política?
Vamos sair dos cafés e das salinhas com skype para mobilizar um pouco a juventude, discente e docente, para responder em bom tom que a instituição deve ser democraticamente debatida, formulada e construída?
Vamos fazer algo diferente, tirar a coberta dos diálogos, abrir as perspectivas, transformar as opiniões em um debate profícuo e que vise a melhoria da instituição e dos trabalhos desenvolvidos e oferecidos por esta instituição pública?
Que tal, presidente? Afinal, sindicato que se quer ver como tal deve se inserir no âmago das idealizações comuns, e não no frenesi das realizações pessoais. Olvidemo-nos das judicializações, posto que estas são vitórias anãs, das quais nem, convenhamos, sindical é (claro, acreditamos que o sindicato não é questão de advocacia, por princípio). Olvidemo-nos disso e façamos, pelo menos uma vez, um movimento transparente e coletivo para a defesa do público e comunitário.
Pois estão, novamente, caro presidente, “atualizando” os principais documentos institucionais: Estatuto, Regimento Geral e Regimento do CONSUP. Novamente, senhor presidente! Da primeira vez você se calou, assentiu, sentou-se com eles para tomar café e referendar o que, exclusamente, era preposto para todos nós, da instituição pública e democrática (risos). Mas agora pode ser diferente, não é, senhor presidente? Vamos fazer algo? Vamos mobilizar as ideias, promover as coletividades, infundir um senso de solidariedade por esta instituição e tentar livrar-nos do mal (amém!) deste império sem sentido legal? A instituição, as leis a determina, o senso comum preceitua, a cultura moderna requer, a instituição é para ser democraticamente constituída. Para tanto, as leis a determina, a instituição deve ser cristalina em um mínimo de debate, livre em um mínimo de transparência, pública em um mínimo de pudor.
Me pergunto, senhor presidente, se as alterações destes documentos, nesta forma lamentável de omissão social e oclusão desavergonhada que é a “Consulta Interna” (sem querer ofender aos grandes privilégios de votações via skype – o que seria de nossa sociedade sem a linguagem comum do bit?), me pergunto, senhor presidente, se estas alterações não ofendem em demasia nossa pretensa razão  de ser. Afinal, são muitas obtusões para pouco espaço de ente:
  1. Nova atualização, sem qualquer, sem o mínimo de direcionamento, sem nenhuma pista do grande mistério que é: atualizar onde, o que e por quê? “Finalidade de atualizar” soa pejorativo, partindo de um grupo que refez o estatuto burlando do mesmo ao “ampliar” o mandato dos membros do CONSUP, eles entre eles mesmos, para refazer a lei de todos nós. Além disso, sabemos que nunca houve uma disposição social sobre atos comuns para o desenvolvimento de uma institucionalidade comum: Regimento Geral ou não, etc., a grande maioria dos documentos legais institucionais partiu daquele edifício tosco (e caro!), só não jogados ao alto porque a internet estava ali para resolver, para eles, o dito de que “Consulta Interna é pública”. Mas... e os alunos? São ouvidos, procurados, são, os alunos, instigados a participar da construção do IFPR? Se sim, qual a ferramenta utilizada pelo Castelo da Reitoria, além da Consulta Interna?
  2. Uma nova atualização, sem rumo, mas com prazo; sem responsável aparente, mas com data marcada?!?! Presidente, meu presidente, não é troçar conosco solicitar objetividade, “pontuando de forma clara e concisa, onde e por que gostariam de alterações”, e troçar da troça dizer que “a objetividade aumenta as chances de aceitação das contribuições”? Isso porque, o que tentam ocultar, o gabinete da reitoria vai “racionalizar o processo de avaliação das contribuições” com carinho, como sabemos, com aquele carinho sempre mais carinhoso e injustificado, como um afagado “INDEFERIDO.


Faz favor, senhor presidente! Mande uma mensagem, pode ser de skype, vamos discutir esse negócio aí com a comunidade! Vamos mostrar que o sindicato existe além de sua versão demo e que pode ser lançado para que o público dele faça uso e parte de forma politicamente útil. Vamos botar o caminhão na rua, gastar a poupança do sindicato e divulgar essa vergonha, seu presidente! Vamos publicar panfletos, convocar os alunos a exigirem seus direitos de voz e debate, vamos convocar os TAEs, que tem Diretor novo, cru e quente, vamos convocar os professores e intimar a todos para debater e construir a instituição, senão a partir do zero, raciocinando sinapticamente, um por um, dois mais dois.

Sem cafezinhos.

Obrigado.

Att.

3 de jun. de 2014

CIS IFPR - um dia existirá.

A respeito da solicitação da SOC sobre o Regimento Interno da CIS e a vontade do CONSUP apreciá-lo e aprová-lo, agora, em uma semana. A resposta, por e-mail, foi esta, abaixo. A história será publicada em breve.


Olá,

O regimento Interno da CIS necessita de modificações e, ao meu ver, não tem como estar neste momento (10/06) disponibilizado para que o CONSUP o aprecie. De qualquer forma, me permita e me desculpe, não entendo o porque desta "notificação" para agora, meio emergencial, já que o documento esteve mais de um ano aguardando que o CONSUP pudesse avaliá-lo e nada foi feito, e considerando, ainda, que em menos de dez dias, sem qualquer "conversa" com ninguém nem nada, quer-se aprová-lo institucionalmente.
 
Seja como for, pois como membro da CIS não sei quem (e porque e como) solicitou a questão da CIS para ser discutida no CONSUP, sugeriria que fosse discutida e levantada uma possibilidade de alterações ou inserções mais efetivas para a CIS dentro dos documentos institucionais existentes. Quero dizer, dentro do Regimento Institucional ou de algum organograma da PROGEPE. Isso porque, a partir do que temos "legalizado" hoje, internamente, a CIS simplesmente fica descaracterizada e um Regimento próprio da CIS, elaborado sem a efetiva relação da instituição, ficará e permanecerá um tanto quanto um apêndice: está ali, é acessório e mais ou menos tem uso, mas apenas como adereço.

Em outras palavras, sendo a CIS um órgão de fiscalização e acompanhamento, sua existência somente se dará como realidade se for possível (e desejável) que atue em conjunto com a PROGEPE. Ainda que disposto por lei federal, ou seja, ainda que seja obrigação/dever institucional (do administrador público), a CIS necessita mais que o rigor normativo para existir, e, certamente, muito mais que um Regimento Interno.




Concluindo (de minha parte): o mínimo que a gestão, seja CONSUP, seja Gabinete, seja PROGEPE poderia propor, antes e bem antes da reunião do CONSUP para aprovar o Regimento Interno da CIS, seria uma reunião entre "administração" e CIS para que fosse discutido um mínimo de relações (conjuntas) para a implementação, acompanhamento, desenvolvimento da carreira dos TAEs na instituição. Seria mais rico. Poderia ser.


Estaremos conversando, os membros da CIS e os TAEs, e veremos como sugerir algo para o CONSUP, como forma de viabilizar a CIS na instituição.


 

Atenciosamente,

21 de mai. de 2014

Pobre Saramago... (suspiros)

Noticia de uma instituição de ensino e seus... méritos...

ipsis litteris (negrito nosso): 
http://reitoria.ifpr.edu.br/2014/05/16/campus-paranagua-inaugura-de-bloco-de-laboratorios-tecnicos/#more-64898

Mão de Saramago


A honraria de Mérito Educacional, representada pela obra artística “Mão de Saramago”, é destinada às autoridades que atuam no fortalecimento da educação brasileira e que contribuem para o fortalecimento do nome do Instituto Federal do Paraná, promovendo assim a imagem e reputação positivas da instituição. A obra é concedida como forma de reconhecimento à atuação destacada de pessoas e instituições que desempenham ações em prol do crescimento e desenvolvimento em diversas áreas de atuação.
José Maurílio da Costa Pereira foi homenageado pela sua contribuição como procurador-chefe do Instituto Federal do Paraná, com destaque para seu envolvimento nos assuntos relacionados à implementação do programa de expansão dos câmpus do IFPR e no realocamento das famílias que ocupavam os terrenos doados ao Câmpus Paranaguá e ao Câmpus Jaguariaíva. Destaca-se, também, o apoio de José Maurílio nas ações de implementação das políticas públicas fixadas no âmbito do IFPR e sua participação por meio de opiniões sobre melhorias na gestão, bem como no acompanhamento de pleitos e audiências junto ao governo e à Justiça Federal.
Já, o deputado federal Leopoldo Meyer foi homenageado pela destinação de uma emenda parlamentar pessoal de considerável valor para o Câmpus Paranguá, que foi utilizada para a conclusão do Bloco Tecnológico.



 Diz ser de Saramago a frase seguinte:

"De que adianta falar de motivos, às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos."


De palavras (institucionais?) nulas, acima, às de Saramago judiado; 
dali, então, as de Raimundo Arruda Sobrinho:

       Ofertas, Gestos Oferta
        Gestos, Páginas Autográfas
        Ponte 2
        Que é o interesse do leitor,
        Pela vida do autor que ele leu?
        E dos demais consumidores de tudo
        Que o homem fez?


          Ass. O condicionado
          SP 4 – 4 – 1999 + 13 (c)


Extraído de http://ocondicionado.blogspot.com.br/

Att. 

15 de abr. de 2014

O esclarecimento do esclarecimento da PROGEPE.


Aqui a resposta da PROGEPE (talvez aqui tambem)

E abaixo a resposta, esclarecedora, do esclarecimento da PROGEPE.


Nota: a versão deste documento apresentada pelo Sindiedutec difere em alguns pontos.




Nota de repúdio a forma e posição da Gestão de Pessoas do IFPR.

A PROGEPE, representada pela técnico-administrativa Neide Alves, após um ano desde o recebimento do Oficio da CGU, no qual recomendava ações sobre o reenquadramento dos TAEs, finalmente faz um pronunciamento público a respeito do tema. Trata-se do artigo “Progepe presta esclarecimentos sobre reversão de progressão por capacitação”, disposto na pagina eletrônica da Reitoria em 08 de abril deste ano. Tal artigo, lembramos, vem como uma tentativa de explicar e responder às demandas de TAEs e Sindiedutec, após convite para que a pró-reitora se dispusesse a expor, pessoalmente, seus argumentos em reunião coletiva no Câmpus Curitiba.
Nesse artigo – um breve esclarecimento com a finalidade de evitar reuniões e o diálogo frontal – são feitas afirmações sobre o desenvolvimento do processo de reenquadramento dos TAEs do IFPR, bem como seletivamente, vemos dispostos alguns documentos que visam dar legitimidade para a argumentação exposta. No entanto, como iremos observar, questões vitais são, incontestavelmente, deixadas sem esclarecimentos, concluindo-se, por conseguinte que: ou a PROGEPE e sua responsável se engana, ou se omite deliberadamente.
As ações da PROGEPE em seu modo de atuação são o que mais chocam a comunidade de TAEs. Fazendo-se omissa inclusive em um documento em que diz esclarecer, a PROGEPE busca confundir a todos, em uma tentativa – frustrada – de eximir de si, qualquer responsabilidade por todo o imbróglio administrativo processual sobre o tema do reenquadramento. E, mais grave, demonstra com despudor, ainda que de forma discreta, suas faltas mais grotescas, revelando de forma indiscutível o que tem sido e o que se pode esperar de uma gestão de pessoas conduzida de forma parcial e autoritária: omissão de atos; omissão de explicações; falta de responsabilidade; acusações infundadas; informações distorcidas e intimidatórias.
Sendo assim, resta-nos ACLARAR, avocando por hora o papel da administração, e trazer transparência à comunidade, apresentando os componentes do Esclarecimento oficial omitidos pela PROGEPE, como defesa, como direito da comunidade acadêmica, e como repúdio. Lembramos que os TAEs e o Sindiedutec deixaram em mãos da pró-reitora uma solicitação de informações (todos os documentos pertinentes e relativos a questão do reenquadramento dos TAEs), convidando-a para que se dispusesse, enquanto servidora pública em cargo de confiança, portanto, representativo, a estar em reunião com os TAEs, para explicar-lhes e demonstrar-lhes a boa intenção para o diálogo.


         Do Processo como o conhecemos

  1. O processo de reenquadramento para os servidores técnico-administrativos teve início no IFPR por ocasião de ofício encaminhado pela Controladoria Geral da União – CGU ao Gabinete do Reitor do IFPR em abril de 2013. Nesse ofício há uma RECOMENDACAO, não determinação, como sugere a PROGEPE. A CGU avalia que a regressão é necessária por considerar irregular a interpretação que a própria PROGEPE faz sobre a LEI 11.091/2005, com apoio da procuradoria e outras instituições públicas federais de ensino. O inicio se dá, portanto, quando a PROGEPE, por si mesma, sem qualquer comunicação com a CIS ou membros representantes dos TAEs, decide acatar uma recomendação da CGU, tornando-a DETERMINAÇÃO para sua política de gestão de pessoas.
  2. Perante o recebimento da Nota Técnica da CGU, a PROGEPE encaminha Memorando N.024 de 25/04/2013, como resposta às recomendações, para a Auditoria Interna. No referido memorando, assinado por Neide Alves, a PROGEPE se manifesta favorável às indicações da CGU, propõe as ações decorrentes de sua decisão, solicita um prazo de 180 dias e estabelece um cronograma para reposicionar os servidores. Tais sugestões são acatadas pelo auditor-Chefe, à época Valdinei Henrique da Costa, e são ratificadas pelo Reitor por meio de Oficio à CGU. Nenhum representante dos TAE, nem sequer a CIS, órgão definido por lei e Regimento Interno para acompanhar e fiscalizar a implementação do Plano de Carreira dos TAEs, foi comunicado pela PROGEPE e pela Administração.
  3. Em 26/04/2013 a alta administração do IFPR expediu o Ofício 115/2013 à CGU, assinado pelo Reitor, Irineu Mário Colombo, acatando plenamente a recomendação daquele Órgão e comprometendo-se com o cronograma proposto pela PROGEPE para a implantação do reenquadramento.
  4. Em 17/05/2013, a pró-reitora Neide Alves, encaminha memorando ao Reitor Irineu Mário Colombo, propondo a constituição de um Grupo de Trabalho – GT, o qual visava promover o reenquadramento dos servidores envolvidos. Este grupo foi constituído com a seguinte intenção: maquiar um cenário democrático ao reenquadramento, com membros do sindicato e CIS, a fim de eximir a responsabilidade da PROGEPE, ocultando sua incapacidade na assunção de ações e resultados.
  5. Por ocasião da primeira e única reunião deste GT, ocorrida somente em 26/06/2013, e conforme registrado pela Presidente da Comissão, a servidora Samara Becker, através do Relatório encaminhado no dia 28/06/2013, os membros do Grupo exigiram a adequação quanto ao objetivo do GT. O entendimento firmado era de que aquela comissão deveria limitar-se a promover o levantamento das informações e não o “executar” o reenquadramento, como propunha a PROGEPE. Diante disso, o Reitor publica nova Portaria (n. 489 de 05/07/2013) e revoga a anterior, concedendo um prazo de 180 dias para que os trabalhos fossem apresentados. Após isso, não há registros de reuniões ou atividades subsequentes desenvolvidas por esta comissão, afinal absolutamente nada havia sido feito por aquele novo GT.
  6. De tal ponto em diante, a PROGEPE, desconsidera o GT designado pelo Reitor e elabora o levantamento e reposicionamento dos servidores conforme a recomendação da CGU e proposição da própria PROGEPE. De acordo com o Relatório encaminhado pela Presidente do GT, a justificativa quanto a não reunir o GT, deve-se ao fato de Membros do Grupo terem se posicionado a favor da publicização do ocorrido aos servidores envolvidos no reenquadramento (!). Configura-se aqui, uma negação em sentido lato (sf (negar+ção) 1 Ato ou efeito de negar. 2 Falta de vocação, inaptidão).
  7. Em 08/08/2013, é deflagrada a Operação Sinapse da Polícia Federal (Quantos meses se passaram!). O IFPR recebe um reitor Pro tempore e, na sequencia, é nomeado também um novo pró-reitor de Gestão de Pessoas pro tempore. Deste período em diante, os TAEs possuem amplo espaço nos debates e em resoluções pertinentes aos seus trabalhos e carreiras. O reenquadramento, em especifico, é bastante discutido e todas as informações são divulgadas e compartilhadas. Isso fica tão claro que o próprio Esclarecimento da PROGEPE o refere em seus itens 8, 9 e 10.
  8. Como forma de tentar minimizar os problemas do Reenquadramento dos TAEs, em 09/12/2013 é aprovado no CONSUP o PRODESEN (Programa de Desenvolvimento dos Servidores Técnicos), com o objetivo de promover cursos que possam ser utilizados pelos servidores em suas progressões e, sobretudo, como parte no processo administrativo de seu Reenquadramento.
  9. Tais cursos, bem como todo o processo a respeito do reenquadramento, foram interrompidos quando do retorno do atual reitor e da atual pró-reitora de Gestão de Pessoas. Sobre o reenquadramento, em especifico, o tema voltou a emergir quando de um e-mail da pró-reitora onde informava (informalmente) a negativa a todas as respostas administrativas impetradas pelos TAEs afetados, além de trazer, em anexo, um comunicado confuso da CGU onde diz: “Vale salientar ainda que, deverá ser efetuado o ressarcimento ao erário dos valores pagos a maior, logo, quanto maior o tempo de percepção indevida, maior será o valor do ressarcimento.”
  10. Foi aqui que os TAEs se sentiram incomodados e decidiram dar à pró-reitora a oportunidade de se explicar pessoalmente, de forma pública e sem o distanciamento dos e-mails. Acreditamos que é prerrogativa da pessoa que ocupa cargo em comissão explicar seus atos e justificar suas ações. E fazê-lo de modo transparente, ético e sem receios e meias verdades.




Do Processo como gostaria a PROGEPE

Dispostas estas considerações, passamos a comentar o que permanece obscuro no Esclarecimento da PROGEPE.

Embora a Nota da PROGEPE tente parecer explicativa, a pró-reitora Neide Alves incorre em falha, primeiramente, quando não apresenta a primeira resposta do IFPR a CGU. É esse documento que motivou todo o desenrolar dos acontecimentos. Ou seja, a DECISÃO DO REITOR IRINEU COLOMBO E DE SUA EQUIPE foi em promover uma solicitação da CGU, sem argumentação e de modo definitivo, para proceder ao reenquadramento funcional.
O documento não é apresentado pelo Esclarecimento da PROGEPE, mas a informação está ali, de modo velado, de forma característica ao comportamento dado ao tema pela pró-reitora de gestão de pessoas. Vejam que do item 6 ao item 7 de suas considerações, a PROGEPE salta, simplesmente omite, qualquer informação e ação dada sobre o reenquadramento. E é como se nada tivesse sido feito ou discutido.
Há, no entanto, uma observação importante: o item 6 menciona um GT nomeado pelo Reitor Colombo, em fim de maio, e, com base no silêncio temporal da conclusão do item 7, em outubro, a PROGEPE tenta ilusionar, dando a impressão de que o GT funcionou, portanto a PROGEPE agiu. Evitou mentir, mas omitiu: como dito acima, foi justamente quando da intervenção que as ações mais efetivas e participativas tiveram andamento. O que omite é que de maio a agosto, ate a intervenção ocorrer, nada foi feito pelo GT. Era como um quadro frio em uma parede de mármore da reitoria: enfeite.
Estes são, resumidamente, os modos da atual PROGEPE, a mesma que, em 2010, assumiu como sua a politica da progressão por saltos dos TAEs e, em 2013, desistiu desta política e determinou que os TAEs fossem reenquadrados.
Quanto à reunião mencionada pela pró-reitora, Neide Alves, o Sindicato entende que a Gestão de Pessoas se faz com a presença dos gestores nos câmpus, com transparência das informações. Entendimento este que difere da PROGEPE, pois atua de maneira passiva, aguardando a procura pelos servidores que se sentem lesados em seu direito!!!! Uma PRÓ-REITORIA de portas abertas se faz de corpo presente, tem atitude, postura proativa e defesa inabalável dos direitos de seus servidores.
Ainda, salientamos que a reunião marcada na PROGEPE no dia 03 foi unicamente para entregar a solicitação de esclarecimentos e convidar a equipe PROGEPE para participar de uma reunião coletiva com a comunidade TAE. Oferecemos um canal aberto e propício para os esclarecimentos e a pró-reitora desconsiderou.
Por fim, resta à PROGEPE esclarecer, a respeito de seu Esclarecimento, as grandes lacunas temporais dispostas: primeiro, foi ágil em assumir a recomendação da CGU, em abril, mas tremendamente incapaz de agilizar sua administração para responder sua própria proposição de 180 dias; depois, após o retorno da pró-reitora, de fevereiro a 20 de março houve um silêncio somente incomodado por “nova manifestação da CGU/PR para que se desse início ao reenquadramento”. Ou seja, a CGU/PR é quem parece conduzir a política e as ações da PROGEPE. Esta apenas acata e tenta se desculpar. Lamentável.


Abril de 2014.

Grupo de Tecnicos Administrativos em Educacao.


3 de abr. de 2014

Do reenquadramento dos TAEs e da necessidade da gestão informar o que o Gestão faz.

A respeito do tema "Reenquadramento dos TAEs", no IFPR, dispomos aqui o documento encaminhado pelo Sindiedutec em conjunto com um grupo de servidores que discutem e buscam sempre uma maior transparência e compreensão dos temas relacionados com as politicas institucionais.

Este tema será mais bem discutido em breve. Por hora, o que foi hoje discutido, decidido e proposto por um grupo de servidores TAEs, a grande maioria destes, em GREVE. O documento, portanto, foi gerado a partir deste grupo, com o apoio do Sindiedutec, em resposta a gestão de pessoas realizada por e-mails e sem (con)tato. As questões, alem da principal, a do reenquadramento e corte de salários, se estende para as formas impositivas das politicas institucionais (neste caso, com destaque para a Gestão de Pessoas), sem dialogo, sem transparência, na surdina.
A origem deste tema, hoje, advém da notificação da pro-reitora, por e-mail, do indeferimento de todas os recursos administrativos apresentados por cerca de 200 servidores. Alem disso, alguns já terão seus salários cortados no próximo mês. Para ser ainda pior, o que em outubro era acordado, entre Reitoria e CGU, hoje esta desconsiderado: diz-se, desde o mail da pro-reitora, que devera ser efetuado o ressarcimento dos valores recebidos de forma "indevida", por parte de cada servidor que, de boa fé, seguiu a "politica" de gestão de pessoas da... mesma pro-reitora de sempre.

Segue o documento entregue em mãos para a Pro-reitora, convidando-a aos esclarecimentos necessários para todos nos, para toda a instituição, de forma clara, tranquila e transparente: em reuniao dos TAEs, no auditorio do campus Curitiba, no dia 08 de abril próximo, as 14 horas. Todos estão convidados.





À PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS DO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – PROGEPE/IFPR


O SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, TÉCNICA E TECNOLÓGICA DO ESTADO DO PARANÁ, SINDIEDUTEC/PR, vem respeitosamente perante esta Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas do Instituto Federal do Paraná – PROGEPE/IFPR, através de seu presidente, Professor Nilton Brandão, na forma do Estatuto, com fundamento no artigo 3º, incisos II a IV da Lei Federal 9.784/99, requerer sejam prestados os esclarecimentos abaixo solicitados, no que concerne ao reposicionamento dos servidores técnico-administrativos que obtiveram progressões por capacitação e seus encaminhamentos subseqüentes:

1. Indicação expressa de quais servidores técnico-administrativos compõem cada um dos “Conjuntos” mencionados por esta Pró-Reitoria na comunicação enviada por e-mail na data de 31/03/2014, com o assunto “Reposicionamento Progressão por Capacitação”;

2. Explicações a respeito da alteração da decisão que dispensava a devolução, por parte dos servidores, dos valores recebidos de boa fé (conforme documento de 25 de outubro de 2013, em anexo, contraposto ao documento de 01/04/2014).Solicita-se que sejam trazidos todos os documentos oficiais (que devem ser públicos), em específico aos atos do IFPR e da CGU, para que tenha-se, publicamente, um confronto das razões que levaram à alteração de decisões a respeito destes procedimentos do reenquandramento.

3. Exposição das políticas que estão sendo – ou serão – adotadas por esta Pró-Reitoria para mitigação dos problemas enfrentados pela categoria dos servidores técnico-administrativos em razão do novo regramento aplicável às progressões por capacitação;

4. Exposição acerca da condução do Programa de Desenvolvimento de Servidores – PROSEDEN, estabelecido pela Resolução nº 44/2013/CONSUP e Edital nº 12/2013/IFPR, por esta Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas.


Sem prejuízo dos pedidos de esclarecimentos acima veiculados, o Sindicato Peticionário requer a esta Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas que reabra o prazo para manifestação dos setenta e oito servidores integrantes do “Conjunto 4”, de maneira que possam efetivamente impugnar a decisão administrativa através do exercício da ampla defesa e do contraditório, sob pena de prejuízos concretos já nos próximos dias, na folha de pagamento de abril.
Por fim, considerando a gravidade e urgência da situação, o Sindicato Peticionário requer a presença da Excelentíssima Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, Sra. Neide Alves, em reunião a ser realizada pelos servidores Técnicos Administrativos em Educação no dia 08 de abril de 2014, no auditório do Campus Curitiba, às 14 horas.

Tendo em vista que os servidores esperam uma explicação ética e transparente, oportunizando o encontro e fomentando a solução dos problemas e dificuldades de forma conjunta, apesar de os mesmos nunca terem percebido uma vontade política e prática para uma resolução que não fosse apenas prejudicial a eles, contamos com sua presença.
Espera deferimento.
Curitiba, 3 de abril de 2014.

 Sindiedutec