Nossa história

Gosto de literatura: a terra da liberdade, a Terra do Nunca. Por isso, peço perdão para contar do jeito que conto.
Sei que nós deveríamos fazer aqui, já, uma história do IFPR. Porque é ela que caracteriza nossa 'alma', através dela que reconheceremos sua (o que é: nós) personalidade. Além disso, a História é a maneira ímpar de se reconhecer os erros, abrir os medos, entender os sentidos, seguir os sonhos. Nós temos pouco mais de dois anos, apenas. Como instituição, nem sequer nos consolidamos. Mas temos já muita história e seria bom não perder nenhum de seus contos.
Não compreendo exatamente sobre a questão, psicanalítica, do parto e das personalidades no desenvolvimento humano. Há quem diga que o nascer é um dos maiores traumas do ser vivo, e que muito do que será a personalidade se deve ao modo como os olhos são tingidos pela luz pela primeira vez, bem como cada um dos pequenos movimentos, seja na sala de cirurgia, seja na sala de espera, ou no acento de táxi (o Brasil é, ainda, assim). Deste modo, desde o desenvolvimento embrionário, talvez antes, a partir do momento em que o casal imaginou a cópula, enfim, do tesão aquele até o tapa do doutor nas nadegazinhas para o berro do choro e com a assinatura do atestado, a mente do ente não apenas já está se formulando como já vem se criando com rusgas e traumas. Ou seja, se somos, o somos por Páthos.
Ainda que nós tenhamos advindo não de um matrimônio, muito menos de uma virgem, foi sem dúvida de uma relação carnal que nossa alminha se atentou. Se o pai foi o Lula, ou o Haddad, ou todo o PT, não importa, ainda que a família é importantíssima para classificar o ser, sobretudo em relação às enfermidades (“é culpa da genética”). Mas sabemos bem quem era a mãe e, há notícias e informes (entrevistas e declarações) a se coletar, todas muito interessantes, de que a gestação não tenha ocorrido tranquilamente. Pois foi, quem nos pariu, a Escola Técnica da UFPR; esta nossa mamãe. E, certamente, houve um processo traumático. Em que grau os danos ou as vantagens, posto que a loucura é de um potencial criativo fantástico, teremos de averiguar em manuais 'freudsíacos', ou de seu colega Carlos Gustavo Jung.
De qualquer modo, vem aí a importância de estarmos colaborando e disponibilizando um material de conteúdo histórico para nossa instituição: depoimentos, opiniões pessoais, entrevistas, atos administrativos comentados, quem-é-quem no tempo, etc. Com o tempo, teremos memória própria e responsabilidades intrínsecas à personalidade. Por enquanto, estamos aprendendo a caminhar.
Uma criança possui o seguinte ciclo: 1) de zero a três meses, desenvolve o tônus cervical e sustenta a cabeça sobre o tronco; 2) de três a seis meses, o tronco está bem sustentado e a criança é capaz de sentar-se apoiando-se uma das mãos; 3) de seis a nove meses, senta-se no chão sem apoio e inicia a engatinhar; 4) de nove a doze meses, os pés despertam muito interesse, ela caminha primeiro com apoio e depois sem ajuda; 5) caso chegue aos dezesseis meses e ainda não dê uns passinhos, é recomendável consultar um pediatra.
Seguindo o PDI-IFPR temos, através do Perfil Institucional: 1) Síntese histórica, a partir da Escola Alemã fundada em 1869, quando se desenvolve o tônus cervical; 2) Natureza institucional, torna-se uma autarquia, quando a criança é capaz de se sentar; 3) Inserção regional, início do engatinhamento; 4) Missão, quando os pés exercem um enorme atrativo, de ser modelo de instituição de educação; e 5) os Valores..... será necessário um pediatra?
O fato é que aparentemente já caminhamos bem; inclusive, quando se olha do alto, sente-se uma certa tontura, tão largos são (foram) nossos passos. Isto se dá, talvez, porque as pernas não sentiram as mãos seguras (confiáveis) dadas como valores no PDI do IFPR:
  • Gestão participativa, dinâmica e transparente, comprometida com a qualidade de vida;
  • Qualidade e excelência para promover a melhoria contínua dos serviços oferecidos, para a satisfação da sociedade.
Mas isto quem poderá dizer são seus servidores e, principalmente, os recebedores de nossos serviços. Façamos a História, comente-se, comunique-se, escreva: tec-ifpr@gmail.com.


Migo

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