Nosso interesse


A vida é, naturalmente, uma repetição. Existe, de fato, algo de original em todo movimento; origem esta, no entanto, que se limita ao indivíduo (um) e que se dissolve feito pó per-ante seus olhos humanos. É como se, a partir daquela origem, o movimento fosse substancialmente se desenvolvendo, com corpo, cor, textura e sombra, até um ápice, que lhe é implosivo. Pó! Os olhos a contemplar, o nada a entender, pó na retina arde e coça, faz-se lágrima: eis um silêncio, surge uma sensação. Assim, a vida, por sua constante repetição, faz-se conhecível (id-entidade) ao (indivíduo) ser humano, que passa a re-conhecer (as) paisagens de seus olhos para, a partir daí, criar a união na sociedade: eis um signo, surge a linguagem. Esta a com-vivência: vida (Natureza), indivíduo (Sentido) e sociedade (Linguagem), o movimento que nos faz caminho na busca pela Harmonia. Não é outro; o que buscamos compreender está no que lá fora ressoa, a partir da relação harmônica que aqui se produz, porquanto dure o momento. (em construção)


"Quando o senhor, também conhecido como deus, se apercebeu de que a adão e eva, perfeitos em tudo o que apresentavam à vista, não lhes saía uma palavra da boca nem emitiam ao menos um simples som primário que fosse, teve de ficar irritado consigo mesmo, uma vez que não havia mais ninguém no jardim do éden a quem pudesse responsabilizar pela gravíssima falta, quando os outros animais, produtos, todos eles, tal como os dois humanos, do faça-se divino, uns por meio de mugidos e rugidos, outros por roncos, chilreios, assobios e cacarejos, desfrutavam já de voz própria. Num acesso de ira, surpreendente em quem tudo poderia ter solucionado com outro rápido fiat, correu para o casal e, um após outro, sem contemplações, sem meias-medidas, enfiou-lhes a língua pela garganta abaixo."

Caim, por José Saramago.


O IFPR, ainda que com dois anos, está, todavia, se formando. Somos uma instituição bastante nova, porém com alguma relativa "experiência": surgimos com fragmentos da Escola Técnica da UFPR, tendo em nosso quadro funcional pessoas daquela instituição, além de alguns da UTFPR e talvez de outras localidades. Além disso, esta nova instituição deveria se alto modelar, através de sua "autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar", formulando seus meios (normas) através de seus sugeitos (servidores) para que cumpra sua função: a Educação.
Hoje o IFPR já se tornou uma massa considerável com catorze Campi distribuídos pelo Estado do Paraná, onde a maioria de seus funcionários são novos servidores, todos a contar seus três anos de estágio probatório, cada qual em seu ritmo. Esta situação, possivelmente, tem proporcionado uma dispersão do pessoal que compõem e deve fazer a identidade institucional. Ou seja, é como se entre os Campi que formam o IFPR houvesse apenas uma linha que os unisse e assim o denominasse (determinasse). Afinal, quem somos nós, os Técnicos e os Professores do IFPR? Sabemos muito bem de nossas obrigações laborais específicas, do dia a dia, mas somos mais do que este particular movimento.
Nós necessitamos nos fazer reconhecer. É já mais do que momento de nos inteirarmos de nossos movimentos institucionais. Quero fazer aqui pedidos e sugestões para estarmos pautando nossos diálogos. Sugiro, de entrada, alguns temas que estão a pleno vapor e que estarei disponibilizando. Mas, por favor, contribuam, divulguem, vamos nos "alimentar" com estas informações que são primordiais para nós, enquanto indivíduos e também sociedade (ifpr).

(em contrução)




Migo

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