15 de mar. de 2011

Citações

Cartas sobre a educação estética do homem (de 1795):
“ De onde vêm, pois, esse domínio ainda tão geral dos preconceitos e esse obscurecimento das mentes, a despeito de toda a luz que a filosofia e experiência acenderam? Nossa época é ilustrada, isto é, descobriram-se e tornaram-se públicos conhecimentos que seriam suficientes, pelo menos, para a correção de nossos princípios práticos. O espírito de livre investigação destruiu os conceitos ilusórios que por muito tempo vedaram o acesso à verdade, e minou o solo sobre o qual a mentira e o fanatismo ergueram seu trono. A razão purificou-se das ilusões dos sentidos e dos sofismas enganosos, e a própria filosofia, que a princípio fizera-nos rebelar contra a natureza, chama-nos de volta para seu seio com voz forte e urgente – onde reside, pois, a causa de ainda sermos bárbaros?
Uma vez que não está nas coisas, tem de haver nas mentes dos homens algo que impeça a compreensão da verdade, por luminosa que seja, e sua aceitação, por mais vivamente que se apresente à convicção. Um sábio antigo percebeu isso, deixando-o cifrado na expressão significativa: sapere aude.

Johann Christoph Friedrich von Schiller


Ecce Homo, de como a gente se torna o que a gente é (de 1888):
“Apetece-lhe apenas o que lhe é benéfico; o seu agrado, o seu prazer cessa quando é ultrapassada a medida do suportável. Adivinha remédios contra o que causa danos, utiliza casos nocivos em sua própria vantagem; o que não o mata torna-o mais forte. Compila instintivamente a sua suma a partir de tudo o que vê, ouve, vive: é um princípio seletivo, e deixa de lado muitas coisas. Está sempre na sua sociedade, lide ele com livros, com homens ou com paisagens; honra ao escolher, ao admitir, ao confiar. Reage lentamente a todo o estímulo, com aquela lentidão que lhe ensinaram uma longa circunspecção e um orgulho deliberado – perscruta o fascínio que dele se aproxima, mas está longe de lhe sair ao encontro. Não crê nem na «infelicidade», nem na «culpa»: sente-se realizado, consigo, com os outros, sabe esquecer – é suficientemente forte para que tudo redunde em seu maior proveito. Muito bem, sou o contrário de um décadent: pois descrevi-me justamente a mim mesmo.”

Friedrich Wilhelm Nietzsche


do Filme Homem Aranha (de 2002):
"Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades."

tio Ben

Um comentário:

  1. Anônimo3/15/2011

    O Desejo de Status
    O que leva o homem ao desejo de status? Dinheiro, fama e influência são raciocínios lógicos para muitos.

    Para Alain de Botton o que está por trás é a falta de Amor. A nossa hierarquia social está ligada a fatores que fazem os seres serem mais ou menos Amados.

    O que é o Amor?

    O Amor teria formas diversas, o familiar, o do parceiro e uma forma de reconhecer a existência do outro indivíduo como tal.

    O Amor de status é uma forma emocional que resulta em sentimentos de proteção, companheirismo, e não está relacionado a sexualidade.

    Os Remédios
    A Arte, filosofia, vida boêmia e religião são formas de tratar o desejo de status.

    Aqui não se bate na tecla da vida igualitária, mas sim da simplicidade nela.

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